quarta-feira, 8 de agosto de 2012

1º Dia

Bem, tudo começou no aeroporto de Maceió, com destino ao Galeão, em solo carioca. Até aí tudo bem, tirando o medo desgraçado de voar. Algumas turbulências para lá e para cá, consegui sobreviver emocionalmente. O trajeto internacional não tem jeito. São 11 horas de puro desconforto, má alimentação e cansaço. E não venham me dizer que comida de avião é boa e que existem filmaços a serem assistidos. Bem, odeio viajar de avião, pulemos esta parte. A minha chegada em Paris foi uma empolgação só! Gente de todo o mundo, de todos os lados, independência, ah!, não importa, era Paris! Até perceber que estava sozinha com uma mochila de costas super pesada, uma mala tamanho GG e outra menor. Pois bem. O aeroporto é simplesmente gigante, foi aí que comecei a treinar meu francês e a perceber como ele está terrível, haha! Bem, depois de muito andar com as malas (até então, com o carrinho que as carrega), descobri que teria que pegar um "petit train" até o terminal 2 do aeroporto. Ocorre que: quando se sai do aeroporto pra pegar o trem, temos que nos desfazer do carrinho que carrega as malas. Ah, Júlia, que besteira, as malas são de rodinhas, dá tranquilamente pra levar as duas. Até daria, se uma delas não tivesse quebrado as rodas no início (mesmo!) do trajeto. Subi, desci escada rolante, entrei em trem, rodei o aeroporto, com uma mala de 6 rodas desgovernada (ela simplesmente não conseguia andar em linha reta) e outra carregando na mão - além da fome e sede intensas. Após descobrir qual seria o meu portão de embarque, procedi ao check in (encharcada de suor!). A partir daí foi tudo ok, comi um "Paul Poulet" e pedi uma garrafa d'água. Daí finalmente cheguei a Montpellier, depois de um dia inteiro só vendo nuvens e pessoas desconhecidas (como é chato viajar só!), encontro meu irmãozinho querido e minha cunha, esperando sorridentes no desembarque. Como é bom ver um rosto conhecido, haha! Pegamos um ônibus e depois um "tram" - foi a minha primeira corrida - de mala e cuia - para não perder o transporte. E também a primeira vez que encontrei jovens bêbados e felizes voltando da Place de la Comedie. Bem, tou muito cansada e com uma saudade desesperadora (sim, o primeiro dia é sempre pior) dos meus familiares, amigos e namorado. É ruim quando se tá longe daquelas pessoas que te fazem feliz no dia-a-dia (ok, Bruno e Ísis, vcs também me fazem, não se preocupem).